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JALG
Portugal
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João Alexandre Lopes Galvão

João Alexandre Lopes Galvão

The basics

Quick Facts

Places
Gender
Male
Birth
Place of birth
Orca, Portugal
Age
77 years
The details (from wikipedia)

Biography

João Alexandre Lopes Galvão, igualmente conhecido como Coronel Lopes Galvão (Orca, Fundão, 1874 - Lisboa, 23 de Agosto de 1951), foi um militar, engenheiro, e ferroviário português.

Biografia

Vida pessoal e educação

Nasceu na Freguesia de Orca, no Fundão, em 1874, tendo partido ainda muito novo para o Ultramar Português.

Formou-se em engenharia militar, civil e de minas, e em Filosofia pela Universidade de Coimbra.

Carreia profissional e militar

Combateu na Primeira Guerra Mundial, tendo comandado as operações de engenharia na expedição do general Sousa Rosa ao Niassa; também dirigiu, em 1919, o Batalhão de Telegrafistas, o Regimento de Telegrafistas, em 1930, e foi subinspector do serviço militar dos caminhos de ferro, entre 1920 e 1926, segundo comandante da Escola Prática de Engenharia, nos anos de 1925 e 1926, e presidente do Segundo Tribunal de Guerra.

Em Angola e Moçambique, exerceu como inspector de obras públicas, e administrador-geral dos Serviços Hidráulicos e Eléctricos, tendo-se destacado por ter conduzido, em 1905, a construção dos Caminhos de Ferro de Suazilândia e Lourenço Marques. Celebrizou-se igualmente por ter contribuído significativamente para o progresso da cidade de Lourenço Marques, ao ter dirigido as obras de reconstrução do porto, a construção de uma doca seca, e a instalação da Praia e do Hotel da Polana, que vieram desenvolver as actividades turísticas naquela região; também implementou o primeiro bairro económico, fundou o Grémio Náutico, restaurou o Jardim Público, e construiu o colector da Avenida Aguiar, para prevenir as inundações que se faziam sentir periodicamente na Avenida D. Carlos.

Em Angola, dirigiu a construção do caminho de ferro marginal e do cais de cabotagem de Luanda, e ligou, em 1915, a Ilha de Luanda ao continente, o que impulsionou a sua utilização como estância turística e balnear; no mesmo ano, produziu os ante-projectos dos Portos de Luanda e Moçâmedes, e iniciou uma análise à rede rodoviária naquela província. Juntou a gestão portuária e ferroviária de Angola numa só instituição, e organizou o respectivo conselho de administração. Estudou igualmente a instalação de um caminho de ferro de cremalheira entre a cidade de Lubango e a Serra da Chela.

Foi membro dos Institutos Colonial e de Coimbra, sócio das Reais Sociedades de Geografia de Madrid e da Suécia, colaborou no Conselho Superior de Obras Públicas, e colaborou, como especialista em assuntos coloniais, na Sociedade de Geografia de Lisboa, primeiro como vice-presidente, e depois como secretário perpétuo. Foi presidente da Junta Mista, que foi responsável por regular as divergências surgidas após a convenção de 1909, entre Moçambique e o Transvaal, e dirigiu várias comissões para os estudos de vários grandes empreendimentos em Portugal, incluindo o Porto de Lisboa, a Ponte sobre o Rio Tejo, o abastecimento de água à cidade de Lisboa, e vários matadouros, mercados e passagens de nível. Presidiu igualmente à Comissão dos Portos de Pesca, do Tribunal Permanente de Arbitragem dos Caminhos de Ferro, e foi o autor das leis dos aproveitamentos hidráulicos, publicados em 1926, e dos regulamentos das Juntas Autónomas dos Portos.

Colaborou com a Gazeta dos Caminhos de Ferro, durante cerca de vinte anos, tendo ascendido à posição de Vogal no Conselho Directivo daquela publicação. Ocupou esta função até ao seu falecimento. Também colaborou na revista Portugal Colonial(1931-1937).

Falecimento

Faleceu na sua residência, na Rua Maria da Fonte, em Lisboa, em 23 de Agosto de 1951. O corpo foi transladado, inicialmente, para a Igreja dos Anjos, em Lisboa, aonde se rezou a Missa do Corpo Presente, e depois para a Sala Portugal da Sociedade de Geografia de Lisboa, aonde foi homenageado, tendo a urna sido coberta com a bandeira daquela organização. Foi sepultado no Cemitério dos Prazeres. Esteve casado com Amália Lívia Barata Galvão.

Condecorações e homenagens

Detinha o grau de comendador da Ordem do Mérito Civil de Espanha.

Em 1953, um grupo de antigos amigos e admiradores organizou uma romagem à sua campa, por ocasião do segundo aniversário do seu falecimento.

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