Marília Arraes
Quick Facts
Biography
Marília Valença Rocha Arraes de Alencar Pontes (Recife, 12 de abril de 1984) é uma advogada e política brasileira.
Família e estudos
Filha da psicóloga Sônia Valença Rocha Arraes de Alencar. e do administrador de empresas Marcos Arraes de Alencar, Marília é a primeira neta do ex-governador Miguel Arraes. Seus irmãos são Arthur, Maria e Lucas. É também prima do ex-governador Eduardo Campos e da atriz Luisa Arraes. É sobrinha da ex-deputada e atual ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes, e do cineasta e diretor da Rede Globo de Televisão, Guel Arraes.
Por parte de mãe, é neta de um dos pioneiros em psiquiatria infantil no Brasil, Dr. Zaldo Rocha, que também é considerado um dos precursores da psicanálise no país.
Marília Arraes estudou no Colégio Marista São Luís, no Recife e, aos 17 anos, foi aprovada nos concorridos vestibulares de Direito, na Universidade Federal de Pernambuco, e de Administração de Empresas, na Universidade de Pernambuco. Cursou o primeiro período de Administração e formou-se em Direito, na UFPE, em 2007, aos 23 anos.
É casada com Luiz Felipe Câmara de Oliveira Pontes. Em 2015, deu à luz a primeira filha do casal, Maria Isabel Arraes de Alencar Pontes, nascida no Recife.
Política
Nascida em momento de grande efervescência política, participou, desde os 14 anos de idade, das movimentações políticas de Pernambuco, ao lado de seu avô, Miguel Arraes. Em 2002, ingressou na Faculdade de Direito do Recife (UFPE), onde atuou no Movimento Estudantil, defendendo o Movimento Faculdade Interativa.
Desde muito jovem foi filiada ao PSB. Foi assessora na Secretaria de Juventude e Emprego do Estado de Pernambuco, em 2007, onde trabalhou a geração de emprego e renda para mulheres. Em 2008, deixou a Secretaria e candidatou-se nas eleições municipais daquele ano. Foi eleita vereadora do Recife com 9.533 votos e tornou-se a vencedora mais jovem, com vinte e quatro anos de idade. No primeiro biênio, Marília desempenhou o papel de vice-líder da bancada de governo.
O seu primeiro mandato foi direcionado às políticas de Juventude, conquistando dentro da Câmara de Vereadores, a Presidência da Comissão de Políticas Públicas de Juventude. É de sua autoria a 4ª Edição do Parlamento Jovem do Recife. Ao final de 2009, começou a integrar a Frente Parlamentar do Recife de Combate ao Crack. Além disso, dedicou-se à luta pela Memória e Verdade, trazendo várias homenagens e acontecimentos referentes à Ditadura Militar, presos políticos e exilados.
No início de 2011, Marília Arraes assumiu a Presidência da Comissão de Legislação e Justiça. Pela primeira vez, uma mulher assumiu o comando desta Comissão, considerada a mais importante da Casa Legislativa, já que avalia a constitucionalidade e legalidade de todos os projetos que são apresentados na Cidade.
Em 2012, reelegeu-se vereadora com 8.482 votos. Entretanto, logo após as eleições, foi convidada pelo prefeito do Recife Geraldo Júlio para assumir a Secretaria de Juventude e Qualificação Profissional. Após tomar posse do cargo de vereadora, licenciou-se para efetivar-se em tal função no Poder Executivo.
Em 2014, volta à Câmara dos Vereadores, para disputar eleição à Câmara Federal, mas por não concordar com os rumos que o PSB está tomando com relação ao pleito, terminou renunciando à candidatura. Marília disse, na ocasião, que não seria possível fazer campanha e, posteriormente, assumir um possível mandato defendendo o que não acredita.
Desde então, tem sido uma das mais fortes vozes da oposição na Casa de José Mariano (Câmara Municipal do Recife), fazendo denúncias contundentes e críticas à diretriz de governo do PSB que, ao contrário do que pregavam os programas de governo, deram uma grande guinada à direita.
Em 2016, ela se desfiliou do PSB para filiar-se ao PT..
Marília Arraes venceu as eleições e reelegeu-se para o terceiro mandato de vereadora do Recife, com a maior votação que já teve, 11.782 votos - a mais votada das oposições e a sexta mais votada da cidade. Marília ficou também entre os vereadores mais votados do PT em todo o Brasil, ficando atrás apenas dos vereadores daquela sigla eleitos no Rio de Janeiro e São Paulo.
Exerceu grande protagonismo na campanha do então candidato a prefeito João Paulo (PT), derrotado no segundo turno pelo candidato Geraldo Júlio (PSB).