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CapricornBiography
António Vitorino da França Borges (Sobral de Monte Agraço, Sobral de Monte Agraço, 10 de Janeiro de 1871 — Davos-Platz (Suíça), 5 de Novembro de 1915) foi um funcionário público, jornalista, escritor, político, maçon e lutador pelos ideais republicanos em Portugal. Foi tio paterno do militar e político homónimo António Vitorino da França Borges (1901-1989).
Biografia
Funcionário Público e Jornalista, colaborou em diversos periódicos, nomeadamente com os jornais "Vanguarda", "País" e "A Lanterna", antes de fundar "O Combate" e "A Pátria". Escreveu vários textos contra a ditadura franquista e assinou com Heliodoro Salgado o panfleto "O Combate". Deputado do Partido Republicano Português, fundou em Novembro de 1890 o jornal "O Mundo", que dirigiu até à sua morte, utilizando-o como o ataque ao regime monárquico, e o qual se veio a tornar o órgão mais importante da propaganda Republicana.Também colaborou no semanário humorístico O Xuão(1908-1910) e no seguimento deste: O Zé(1910-1919).
"O Mundo" funcionava como órgão oficioso do Partido Republicano Português e, mais tarde, do Partido Democrático. Republicano desde muito jovem, esteve preso e exilado e teve os seus jornais suspensos ou mesmo proibidos devido aos ataques violentos contra a Monarquia.
Foi iniciado na Maçonaria em 1901, na Loja Montanha, de Lisboa, com o nome simbólico de Fraternidade. Transitou depois para a Loja Justiça e, em 1905, para a Loja O Futuro, da qual foi Venerável Mestre, ambas também de Lisboa, e todas afectas ao Grande Oriente Lusitano.
Foi preso na sequência da tentativa revolucionária de 28 de Janeiro de 1908 e exilou-se em Espanha. Regressou com a implantação da República Portuguesa e foi eleito Deputado em 1911 e ingressou no grupo Democrático. Depois de 5 de Outubro de 1910, "O Mundo" tornou-se o órgão oficioso da Ala Esquerda do Republicanismo.
Atingiu em 1914 o Grau 7.° do Rito Francês.
Faleceu, vítima de tuberculose, num sanatório em Davos-Platz (na Suíça), a 5 de Novembro de 1915, estando sepultado no Cemitério do Alto de São João.
Em 1925 foi erigido na Praça do Príncipe Real, em Lisboa, um monumento que o retrata, da autoria do escultor Maximiano Alves, onde a figura feminina da República o observa. O seu nome é lembrado na toponímia de diversas localidades portuguesas.