Quick Facts
Biography
Ana Carolina Correia de Assis (Diadema, 18 de Junho de 1989), mais conhecida pelo seu nome artístico Ana Cacimba (também conhecida como Ana na Cacimba ou Ana da Cacimba) é cantora, letrista, batuqueira e brincante da cultura popular. De família quilombola mineira, da região do Vale do Jequitinhonha, foi influenciada desde pequena pelos cantos de trabalho e rezos das mulheres sua família, mas só na idade adulta deu continuidade as tradições. Seu trabalho incorpora a sonoridades de diversas manifestações da cultura popular nacional, como ijexás, maculelês, sambas de roda, coco, cirandas, maracatu, jongo, congado, samba rural e caboclinho.
Biografia
A artista nasceu e cresceu na cidade de Diadema, no ABC Paulista e sua infância foi marcada pelo amor pela música e pelas artes plásticas. Aos 12 anos entrou para um grupo de estudos de teatro e dança do município e iniciou sua vida artística.
Formou-se bacharel em Ciências Contábeis pela Uniesp Diadema, no ano de 2014. Trabalhou como estagiária na área financeira, mas ao se formar percebeu que não tinha afinidade com o mundo corporativo e no ano seguinte, motivada pela vontade de conhecer suas próprias raízes, mergulhou nos seus estudos sobre música regional, cultura da infância e cultura popular tradicional. Em 2016 iniciou a graduação em Pedagogia na Universidade Braz Cubas e estagiou como artista educadora em ongs, escolas e creches no estado de São Paulo, com um trabalho permeado pela temática da cultura popular brasileira.
Carreira
Iniciou sua carreira musical aos 16 anos cantando em bandas de garagem, ainda usando seu nome de nascimento. Em 2015 iniciou uma pesquisa sobre os cantos de tradição das mulheres de sua família (oriunda da comunidade quilombola de Caititu do Meio, no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais). No ano de 2016 quando estudava teatro no extinto Clac (Centro Livres de Artes Cênicas de São Bernardo do Campo), recebeu de seus colegas o apelido que futuramente se tornaria seu nome artístico, Ana Cacimba, em referência a uma das encantadas do Baião de Princesas da Casa Fanti Ashanti, (terreiro de Tambor de Mina localizado no estado do Maranhão). Em 2016 integrou o grupo Mucambos de Raiz Nagô, como brincante e através do grupo esteve com diversos mestres e mestras da Cultura Popular Brasileira. Em 2017 foi aluna de Antônio Nóbrega no Instituto Brincante, na Vila Madalena em São Paulo, onde verticalizou sua pesquisa sobre os ritmos tradicionais.
Sua pesquisa se tornou a base de seu trabalho musical, que à princípio era voltado para a interpretação de canções tradicionais de domínio público. De forma intimista, apenas com voz e percussão, Ana se apresentava acompanhada do percussionista Gil Capistrano.
Com o tempo começou a incluir suas próprias canções ao repertório, composições essas que são imbuídas da poética dos ritmos percussivos tradicionais. Posteriormente incluiu em suas canções outros elementos, como riffs de guitarra e beats eletrônicos, inspirada por movimentos artísticos brasileiros, como a tropicália e o manguebeat.
Em 2018 lançou seu primeiro single, a canção autoral "Vento de Oyá" e em 2019 lançou o segundo single desta etapa, a canção "Todas de Mim" que contou com a produção de Lakers e Pá (Código Fatal) e foi lançada em um show no Teatro Clara Nunes em Diadema. Ainda hoje ministra aulas de percussão, dança e brincadeiras tradicionais para crianças e adultos, faz palestras sobre culturas tradicionais, além de fazer contação de histórias e oficinas de brinquedos e instrumentos feitos de materiais recicláveis.
Trabalhos Paralelos
Em 2015 criou, junto ao percussionista Gil Capistrano, a Cia Arcos e Fitas, para disseminar a Cultura Popular para crianças, através de cantigas de roda, brincadeiras cantadas, jogos tradicionais e brincadeiras da cultura popular . Em 2017, através do projeto Batucarte, da Secretaria de Cultura de Diadema, criou o Maracatu Mirim Diadema, levando aulas de percussão para crianças das comunidades periféricas da cidade.
Em 2019 inspirada pela grafiteira NeneSurreal, criou o Projeto Minas de Resistência, que à princípio seria apenas uma apresentação em homenagem à artista, mas que acabou se tornando um projeto com aulas gratuitas de percussão para mulheres da periferia da cidade, como forma de fortalecimento e união. Deste projeto nasceram os grupos percussivos femininos Baque Fulô Braba e Baque Minas de Resistência, dos quais Ana é cantora e regente.
Discografia
| Canção | ano |
|---|---|
| "Canto II" | 2016 |
| "Vento de Oyá" | 2018 |
| "Todas de Mim" | 2019 |
Outras Referências
- Iara S. Luz (18 Novembro de 2016) «Ana na Cacimba mostra a beleza dos ritmos brasileiros»Prefeitura de Diadema. Consultado em 25 de Julho de 2019
- Redação (05 de Setembro de 2016)«"Arte no Praça" é atração para o público no Shopping Praça da Moça Informa ABC» Informa ABC. Consultado em 23 de Setembro de 2019
- Redação (05 de Setembro de 2016) «Shopping Praça da Moça lança projeto que valoriza artistas locais» Repórter Diário. Consultado em 24 de Setembro de 2019
- Rodrigo Bueno (12 de Julho de 2018) «Ana Cacimba no Aparelha Luzia» Acesso Cultural. Consultado em 10 de Setembro de 2019
- Sabrina Fernanda (4 de outubro de 2018) «Cantora de Diadema prepara seu primeiro EP» Diadema News. Consultado em 7 de Agosto de 2019
