Pedro Homem da Costa Noronha
Quick Facts
Biography
Pedro Homem da Costa Noronha foi um oficial do Exército Português, onde atingiu o posto de tenente-coronel do 1.º do Batalhão de Artilharia e do Batalhão de Caçadores n.º 5, aquartelados na Fortaleza de São João Baptista de Angra do Heroísmo, foi fidalgo e cavaleiro da Casa Real, herdeiro da casa e morgados dos seus antepassados.
Biografia
Foi um dos militares portugues que assinaram o Auto porque foram proclamados em Angra os direitos de El-Rei D. Pedro IV conforme extracto do Livro das Vereações, folha 238. da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, publicado nos Anais da ilha Terceira: Auto porque foram proclamados em Angra os direitos de El-Rei D. Pedro IV e foi nomeado o Governo Interino.
"Ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e vinte oito, aos vinte e dois dias do mês de Junho do dito ano nesta cidade de Angra da ilha Terceira, e na sala da câmara da mesma cidade onde se achavam juntos em vereação extraordinária o ministro dr. juiz de fora, presidente, vereadores, procurador do concelho, e mais pessoas da nobreza e povo, abaixo assinados, se procedeu à vereação do modo seguinte: Nesta vereação apresentou o ministro juiz de fora presidente a participação que havia recebido do comandante interino do Batalhão n.º 5. de Caçadores, José Quintino Dias, na qual se lhe comunica a deliberação que tomou o referido Batalhão de restaurar a legitimidade do Sr. D. Pedro IV e de sua augusta filho a senhora D.. Maria II: para o que o forçaram as circunstâncias a prender o governador e capitão-general destas ilhas: em consequência do que se fazia necessária a nomeação do governo interino na forma do alvará de 12 de Setembro de 1776. E logo na presença das sobreditas representações, e acontecimentos que tiveram lugar no dia de hoje, em que a tropa cheia do entusiasmo tem aclamado El-Rei o Sr. D. Pedro IV por legítimo Rei deste reino, e sua Augusta filha a Senhora D. Maria II nossa Rainha, na conformidade da Carta Constitucional, protestando derramar a última gota de sangue para defender a sua legitimidade: se deliberou pela Câmara, e mais pessoas que foram presentes, que ficasse de nenhum efeito o acto do vereação do dia 18 do mês passado no qual foi aclamado o sereníssimo infante de Miguel por uma comoção popular, que nesse dia teve lugar, sem que a Câmara pudesse deliberar, nem as pessoas das três classes do estado, sobre as medidas que então convinha adoptar-se. Outrossim que visto o impedimento do Governador e Capitão-General, se destinassem as pessoas que deviam compor o Governo Interino na conformidade do citado alvará, atenta a escusa do dr. corregedor, e não ser presente o deão deste bispado, pela exclusão que dele fez o voto unânime da mesma tropa; e nesta conformidade recaía a nomeação legal no referido tesoureiro mor leão João da Cunha Ferraz, por é hoje a imediata dignidade da Sé ao dito deão; o brigadeiro D. Inácio de Castil Branco do Canto, o ministro dr. juiz de fora, presidente da Câmara e corregedor interino José Jacinto Valente Farinho, e para secretário o bacharel Manuel Joaquim Nogueira. E por esta forma se houve esta vereação por finda que assinaram os vogais presentes, perante mim Manuel José Borges da Costa, escrivão da Câmara o escrevi — Farinho — Barreto — Borges Cabral — Cabral." In: Anais da Ilha Terceira, extracto do Livro das Vereações, folha 238. da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.
A 25 de Novembro de 1663 foi baptizado na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, do concelho de Angra do Heroísmo. Foi casado duas vezes, o primeiro casamento foi a 19 de Fevereiro de 1685, com D. Maria Josefa Bernarda da Câmara. O segundo casamento foi em 1698, com D. Clara Maria do Canto e Castro.
Filhos Pedro Homem da Costa Noronha e D. Maria Josefa Bernarda da Câmara:
- Bernardo Homem da Costa de Noronha, Casou duas vezes, a primeira no dia 28 de Setembro de 1710, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Angra do Heroísmo com D. Mariana Josefa do Canto e Castro. O segundo casamento foi em 26 de Julho de 1723 com D. Benedita Paula de Castro do Canto.
- Heitor Homem da Costa Noronha, foi fidalgo e capitão da Casa Real e também cónego da Sé de Angra do Heroísmo.
- D. Margarida Josefa de Noronha, que veio a casar com José Francisco do Canto e Castro Pacheco de Sampaio.
- D. Luzia de São José, Religiosa no Convento da Esperança.
- D. Ana de Jesus, Religiosa no Convento da Esperança.
Filhos Pedro Homem da Costa Noronha com D. Clara Maria do Canto e Castro:
- Francisco. Faleceu ainda criança.
- João Inácio Homem da Costa Noronha, casou com D. Clara Mariana Xavier de Noronha Corte Real.
- Mateus Caetano Homem da Costa Noronha, foi cónego da Se de Angra do Heroísmo.
- Paulo Manuel Homem da Costa Noronha, foi clérigo.
- D. Inês Margaridade Nazaré e Noronha. Foi casada com D. Pedro Alexandre de Castil Branco.
- D Catarina Felícia de Nazaré da Costa Noronha, foi casada com Pedro de Castro do Canto.
Bibliografia
- Nobiliário da ilha Terceira de Eduardo de Campos de Castro de Azevedo Soares, 2ª Edição Volume II, edit. 1944.
- Auto porque foram proclamados em Angra os direitos de El-Rei D. Pedro IV e foi nomeado o Governo Interino (extracto do Livro das Vereações, folha 238.