Mário Sérgio de Brito Duarte
Quick Facts
Biography
Mário Sérgio de Brito Duarte[1]
é coronel da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e analista de segurança pública.
Comandou ao 22º Batalhão da Polícia Militar (o "Batalhão da Maré") e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Bacharelando em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, teoriza a existência de um "conflito urbano armado de baixa intensidade" na cidade do Rio de Janeiro, assim nomeando os combates cotidianos travados entre os agentes da lei e as quadrilhas de bandidos das diversas facções que disputam áreas de influência na cidade.
Para devolução da tranquilidade pública e da paz civil à cidade do Rio de Janeiro e municípios de seu entorno, subtraídas por uma criminalidade fora de controle, progressiva e expansiva, o coronel argumenta em favor do resgate dos espaços onde o poder público vê ameaçada sua soberania pelas "facções" criminosas, estruturas de poder ilegais e ilegítimas que dominam áreas geográficas e comunidades através de uma estrutura de coerção despótica e assassina, assente no poder de fogo das armas de guerra que dispõem.
O militar atribui ao que chama de ideologia de facção [2] a principal força-motriz do comércio ilícito de entorpecentes no estado do Rio de Janeiro e não à vontade de lucro. Também faz críticas às ONGs que desqualificam o trabalho policial contra o narcotráfico, ancoradas num discurso subliminar marxista que credita às forças do estado o papel de "superestrutura de poder", agindo contra as bases proletárias da população.
Mário Sérgio esteve à frente das operações realizadas para implantação das Unidades de Polícia Pacificadoras nos complexos da Vila Cruzeiro e Alemão, em novembro de 2010, que teve apoio dos Fuzileiros Navais com blindados M 113 e CLANF. O episódio ganhou repercussão internacional por consequência da debandada maciça de centenas de traficantes da Vila para o Alemão, cujas imagens foram capturas por helicóptero.
Ele comandou a PMERJ de julho de 2009 a setembro de 2011, sendo exonerado do cargo a pedido enquanto gozava uma licença médica, logo após a prisão do Tenente-Coronel PM Cláudio Oliveira, então comandante do 7ºBPM (São Gonçalo), acusado de ser o mandante do assassinato da Juíza Patricia Acioli.Em carta alegou que a decisão de nomear Cláudio Oliveira não poderia ser atribuída a outra pessoa se não a ele, reconhecendo o desgaste que sua permanência geraria na corporação naquele momento. O Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, aceitou seu pedido, porém lamentou sua demissão.