Luís Galhardo

Luís Galhardo (Lisboa, 23 de Dezembro de 1874 — Lisboa, 30 de dezembro de 1929) foi um militar, jornalista, dramaturgo e empresário teatral português.

Filho de um oficial da Armada e professor da Escola Naval, frequentou o Colégio Militar entre 1886 e 1892.

Assentou praça a 16 de Julho de 1892. Frequentou a Escola do Exército. Foi promovido a alferes de Infantaria em 14 de Novembro de 1897, e a tenente em 1 de Dezembro de 1901, posto com o qual foi comandante da 2.ª divisão do Depósito de Praças do Ultramar. Chegou a coronel em 1927.

Dedicou-se ao jornalismo e à literatura, colaborando em prosa e em verso em diferentes jornais, incluindo a revista Renascença. Foi o gerente do jornal A Época na sua fundação em maio de 1902.

Traduziu várias peças de teatro e escreveu duas originais: A Primeira Pedra, drama social, e Os Pelintras, comédia de costumes.

Luís Galhardo foi feito Comendador da Ordem Militar de Avis (1919-02-28), Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1919-06-28) e Comendador da Ordem Militar de Cristo (1920-01-10).

Foi empresário teatral, tendo fundado o Parque Mayer em 1922. Considerado um dos criadores da revista à portuguesa, assinou e produziu grandes sucessos e descobriu vedetas como Beatriz Costa, Estêvão Amarante e Vasco Santana, de quem era tio.

Foi um dos fundadores da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, atual Sociedade Portuguesa de Autores.

Casou com Maria Laura Santana. O seu filho José Galhardo, capitão do Exército, escreveu a letra da canção Coimbra, também conhecida como Avril au Portugal, com música de Raul Ferrão, coronel do Exército e contemporâneo de Luís Galhardo no Colégio Militar. Foi tio-avô do ator Henrique Santana e do produtor televisivo José Manuel Santana. O seu nome perdura na toponímia portuguesa, em nomes de arruamentos.

Luís Galhardo recebeu, juntamente com José Galhardo, Alberto Barbosa e Vasco Santana, o "Prémio Alfredo Carvalho" (1946/1947) do SNI, atribuído a autores e artista intérprete do melhor número declamado de revista, pela autoria da peça Se Aquilo que a Gente Sente.

Apesar da vocação militar comum, Luís Galhardo não é aparentado com o general Eduardo Galhardo.

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