Leliana Maria Rolim de Pontes Vieira
Quick Facts
Biography
Leliana Maria Rolim de Pontes Vieira (? 1952), é uma advogada e economista brasileira, que chefiou a Delegacia da Receita Federal em Brasília, até ser demitida a bem do serviço público em 2001, por patrocinar a defesa de contribuintes que estava encarregada de fiscalizar.
Histórico e notoriedade
Leliana ingressou nos quadros da Secretaria da Receita Federal por concurso, onde teve rápida ascensão, vindo a ocupar, no final da década de 80 os cargos de Delegada da Receita Federal e, depois, de Delegada de Julgamento em Brasília. Na primeira função, comandava as atividades de fiscalização no Distrito Federal, e, na segunda, tinha a tarefa de julgar processos administrativos fiscais de interesse de contribuintes da Região Centro-Oeste. Era também professora de Direito Tributário em uma faculdade particular e em cursos preparatórios para concursos públicos da Receita Federal.
Era tida como administradora rigorosa. No período de declarações anuais do imposto de renda era freqüentemente vista na televisão em entrevistas, em que ameaçava os contribuintes com multas e outras penalidades caso deixassem de cumprir com seus deveres fiscais. Viu-se depois que tal rigor era apenas fachada.
A suspeita contra Leliana surgiu em 1999 com a apreensão de um texto de defesa de uma empresa distribuidora de remédios, em um processo contra cobranças do fisco, encomendado a Antonio Luiz Barros, ex-chefe de fiscalização da Receita em Goiânia (GO). O texto trazia anotações de Leliana, confirmadas por um teste grafotécnico.
Descobriu-se que o próprio Barros multou a distribuidora de remédios, em R$ 110 milhões. Depois, pediu licença na Receita e assumiu a defesa da empresa que autuou. Barros trabalhava em conjunto com Leliana Com o codinome Marília, Leliana habituou-se a dar consultoria tributária em processos de empresas contra a própria Receita, contratada clandestinamente por grandes empresas de auditoria. Leliana foi logo afastada dos cargos de chefia, mas não da função pública, enquanto respondia a inquérito disciplinar.
Foi demitida em 2001 e, para surpresa geral, trabalhava na ocasião na Escola de Administração Fazendária, na elaboração de cartilhas que ensinavam aos alunos do primeiro e segundo graus que os impostos devem ser pagos.