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Portugal
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José Loureiro Botas
Portuguese writer

José Loureiro Botas

The basics

Quick Facts

Intro
Portuguese writer
Places
Gender
Male
Place of birth
Marinha Grande Municipality, Leiria District, Portugal
Place of death
Lisbon, Lisbon District, Portugal
Age
60 years
The details (from wikipedia)

Biography

José Loureiro Botas (Marinha Grande, Vieira de Leiria, Praia da Vieira, 6 de Julho de 1902 - Lisboa, 18 de Junho de 1963) foi um comerciante, jornalista e escritor português.

Biografia

De família humilde, foram seus pais Joaquim Loureiro Botas e sua mulher Maria Malaquias. O pai de José Loureiro Botas, dono duma companhia de pesca, exercia também funções de banheiro salva-vidas, tendo sido condecorado com a Medalha do Real Instituto de Socorros a Náufragos pela Rainha D. Amélia de Orleães, em 1892, pelo seu mérito nessa tarefa. Quanto à mãe, ocupava-se no comércio de pescado.

Frequentou em Vieira de Leiria a Instrução Primária, que concluiu aos 9 anos, com Distinção. Nessa altura, em 1911, "O Século" noticia o facto, advogando um apoio governamental que lhe permitisse prosseguir os estudos. Mas o apoio pedido não surge. Chegando a matricular-se no Liceu de Leiria, Botas não pode contudo, por falta de recursos, frequentar as aulas. Uma possibilidade de ajuda nesse sentido por parte do Padrinho rapidamente desaparece também, devido à súbita morte deste.

Logo que fez Exame de Instrução Primária, aos 9 anos, José Loureiro Botas começa, então, a trabalhar no Comércio, primeiro na Marinha Grande, depois, a partir dos 18 anos, empregou-se no Comércio em Lisboa. Aí, trabalhou numa retrosaria e numa loja de roupas do Chiado. Mais tarde, tornou-se proprietário comercial, primeiro duma retrosaria e, depois, com outros Sócios, da Pastelaria Irlandesa, na Rua Alexandre Herculano, a partir de 1938.

No princípio dos anos de 1920, frequentou, tendo sido aprovado com elevada classificação, o Curso nocturno de Comércio do Ateneu Comercial de Lisboa, instituição de que era Sócio desde 1921, e que concluiu com Distinção.

Pertenceu aos Corpos Sociais e à Direcção do Ateneu Comercial de Lisboa durante mais de 30 anos, desde 1930 até falecer. Dedicou a esta associação o seu primeiro livro, Litoral a Oeste.

José Loureiro Botas relaciona-se com alguns círculos da intelectualidade da época, entre escritores, jornalistas e artistas plásticos. Todos os Verões, regressa à Praia da Vieira, onde mantém igualmente uma extensa rede de contactos.

Foi no Boletim e noutras folhas do Ateneu Comercial de Lisboa que publicou os primeiros textos. Como Escritor, revelou-se logo, tendo sido também premiado, nos Jogos Florais do Ateneu Comercial de Lisboa de 1938-1939, ganhando os primeiros prémios em novela desportiva e conto. Ganhou ainda, com a novela Medalha de Oiro, um Prémio Literário associado aos Jogos Desportivos Nacionais de 1937.

Em 1940, inicia a publicação em livro dos seus trabalhos, e lançou um livro de contos, com Litoral a Oeste, com que obteve o Prémio Fialho de Almeida, do Secretariado Nacional de Informação, trabalho que a crítica consagrou, e que foi duas vezes reeditado. Em 1944, sai publicado Frente ao Mar, que teve segunda edição, produção que o classifica como um dos melhores contistas contemporâneos Portugueses. O terceiro livro, Maré Alta, é de 1952. Sete anos depois, em 1959, vem a lume Nasci à Beira do Mar (versos), e, em 1963, publica-se Barco sem Âncora. Como é sabido, os contos e novelas de José Loureiro Botas têm por tema principal a vida da população pobre da Praia da Vieira, sobretudo dos pescadores e ocupações adjacentes. Muitas vezes, pintou nos seus escritos personagens e acontecimentos verídicos.

Dedicou-se, também, ao Jornalismo, tendo colaborado em muitos jornais e revistas, mas, principalmente, acidentalmente no "Mundo Ilustrador" e n' "O Século", "Diário Popular" e "Atlântico". Também o "Boletim do Ateneu Comercial de Lisboa" continua a publicar contos seus, o mesmo fazendo em 1979, já depois da sua morte, o "Jornal da Marinha Grande", no qual, entre 25 de Maio de 1978 e 26 de Julho de 1979, é publicado Barco sem Âncora.

Em 1959, fora já homenageado em Sessão Solene no Ateneu Comercial de Lisboa.

O seu funeral realizou-se no cemitério de Vieira de Leiria. Após a sua morte, o Ateneu Comercial de Lisboa inicia uma subscrição para colocar no túmulo de José Loureiro Botas uma lápide evocativa, que será colocada anos mais tarde.

Ainda antes disso, em 1965, a Biblioteca de Instrução Popular dedicou ao autor a sua Sessão Solene de Aniversário, à qual se deslocam representantes do Ateneu Comercial de Lisboa. No ano seguinte, em 1966, a Escola desta última Associação prestou também homenagem ao escritor, atribuindo o seu nome, em sessão solene, a uma Sala de Biblioteca e convívio. Em 1971, o dinamizador da recém-iniciada actividade cultural no Ateneu Comercial de Lisboa coloca essa nova linha de acção associativa sob a evocação de José Loureiro Botas. Em 1977, é dado o seu nome a uma Rua da Praia da Vieira. A Escola do 3.° Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário da Praia da Vieira recebeu o seu nome.

A sua obra foi objecto de análise pela jornalista Leonor Bandarra, em sucessivos números do "Correio do Minho", tendo o conjunto dessa análise sido publicado em opúsculo em 1974.

José Loureiro Botas encontra-se antologiado na Bulgária, numa colectânea de autores portugueses editada naquele país em 1979.

Bibliografia do Autor:

  • 1934, Um Casamento no Ateneu, "O Gargalhadas" (folha do Ateneu Comercial de Lisboa), Carnaval de 1934.
  • 1938, Como eu vi a ilha da Madeira, "O Ateneu". Boletim do Ateneu Comercial de Lisboa, Março a Agosto de 1938.
  • 1940, Litoral a Oeste, Lisboa, Portugália. (2.ª Edição: 1944).
  • 1944, Sem título (entrevista ao "Documentário do Ar Portugal- Brasil"), "A Voz da Marinha Grande", 24 de Fevereiro de 1944.
  • 1944, Frente ao Mar, Lisboa, Portugália.
  • 1950, A Praia da Vieira continua às escuras, A Voz da Marinha Grande, 2 de Novembro de 1950.
  • 1952, Maré Alta, Lisboa, Edição do Autor.
  • 1959, Nasci à beira do mar, Versos, Lisboa, Portugália.<ref name="GEPBA29">
  • 1960, Oito décadas, "O Ateneu". Boletim do Ateneu Comercial de Lisboa, 11.ª Série, N.º 4, Junho 1960.
  • 1961, Hino ao Ateneu (versos), O Ateneu, Boletim do Ateneu Comercial de Lisboa, 11.ª Série, N.º 12, Fevereiro 1961.
  • 1963, Barco sem Âncora, Lisboa, Portugália.

Referências

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