José de Seabra da Silva
Quick Facts
Biography
José de Seabra da Silva GCC (Coimbra, Torre de Vilela, 31 de outubro de 1732 — Lisboa, São Sebastião da Pedreira, 13 de março de 1813) foi um estadista, ministro e 32.° e 34.° guarda-mor da Torre do Tombo de 1768 a 1774 e de 1799 a 1802.
Biografia
Licenciado em Leis pela Universidade de Coimbra.
Secretário de Estado Adjunto do Marquês de Pombal no reinado de D. José I (6 de junho de 1771 - 6 de maio de 1774) (Portugal). Nesta última data caíu sobre ele uma terrível desgraça. Sem acusação, foi desterrado de Lisboa para Besteiros, Tondela e daí para o Brasil (Ilha das Cobras, Rio de Janeiro) e para África, para o presídio de Pedras Negras. Cria o próprio que por uma intriga urdida pelo Cardeal da Cunha.
Ainda antes da morte de D. José, mandava ainda o Marquês de Pombal, foi ordenado o seu regresso, o que aconteceu com pompa e circunstância. Nunca se soube do que era acusado, nem o próprio.
Chegado ao Reino (cremos que em Fevereiro de 1778), obteve declaração proclamando a sua inocência já de D. Maria I e, em 15 de Dezembro de 1788, foi nomeado Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino da referida rainha. Foi ele quem redigiu o despacho e através do qual o Príncipe D. João assumiu a regência, na sequência da doença de sua Mãe 10 de Fevereiro de 1792, tendo na ocasião proferido uma exortação aos seus Colegas de Governo.
Grã-Cruz da Ordem de Cristo (6 de junho de 1796) e membro do Conselho de Estado (7 de julho de 1796).
Não concordando com a assunção do Trono por D. João VI (1799), por sua Mãe ainda viver, foi desterrado para a sua Quinta do Canal, junto à Figueira da Foz, obtendo licença régia para ficar na sua Quinta de São João da Ribeira. Só em 30 de março de 1804 obteve permissão para voltar a residir em Lisboa.
Casou a 8 de Junho de 1764, na Ermida de Nossa Senhora das Mercês, em Oeiras, com D. Ana Felícia Coutinho Pereira de Sousa Tavares de Horta Amado Cerveira (5 de Maio de 1745 - Lisboa, São Sebastião da Pedreira, 25 de Março de 1807), 11ª Senhora do Morgado do juro real da Redízima da Bahía, 12ª Senhora do Morgado de Cerveira de Santarém e 5ª Senhora da Casa e Morgado dos Coutinhos, de Coimbra. Foi 2º Senhor do Morgado de Faíl e 2º Senhor do Morgado de Lobão.
Foram pais de dois filhos rapazes, sendo o mais velho, D. Manuel Maria da Piedade Coutinho Pereira de Seabra e Sousa, 1º Visconde da Bahía de juro e herdade (1796) e 1º Conde da Bahía (1833). O outro filho, António, morreu na Batalha do Buçaco.
A sua ascendência e descendência é tratada em várias obras, como a de Nuno Gorjão Henriques/Miguel Gorjão-Henriques, Gorjão Henriques, Lisboa, 2006, 2 vols.