Eduardo Fernandes de Matos

Eduardo Fernandes de Matos (Freixedo, Santa Comba Dão, 20 de novembro de 1911 – 20 de março de 1992) foi um jornalista e escritor espírita português.

Nasceu no seio de família humilde. Tendo começado a trabalhar ainda criança, completou apenas a 2ª classe (2º ano do ensino fundamental).

Aos 14 anos de idade, quando em Freixedo a convalescer de uma doença contraída em Lisboa, teve conhecimento do espiritismo, por meio de uma revista de nome "Porquê, Como e Para Quê", onde leu um artigo intitulado "Como falar com os mortos".

De volta a Lisboa, empregou-se nas oficinas da Sociedade Estoril, onde fez amizade com o mestre Tomás, espírita e que o orientou.

Publicou o seu primeiro artigo no jornal "O Grémio", da Associação Recreativa do Alto Pina.

Como caixeiro-viajante, conheceu Manuel de Sousa no Algarve, que à época administrava o periódico espírita "Ecos do Além", fundado e dirigido pelo professor José Francisco Cabrita.

Em 28 de setembro de 1928 organizou, com Aurélio Campos e outros, a "Fraternidade Isotérica".

Concluído o serviço militar, ingressou na Philips, onde permaneceu doze anos, e matriculou-se no Ateneu Comercial de Lisboa, para tirar o curso comercial.

Desposou uma das filhas do antigo patrão, e desligado-se da Philips, foi trabalhar com os cunhados na empresa do sogro que, entretanto se reformara.

Faz parte do grupo espírita "Irmãos do Bem" que funcionou no Centro Espírita Luz e Amor.

Deslocou-se ao Brasil por diversas vezes, onde travou conhecimento com o médium Francisco Cândido Xavier. Conjuntamente com Casimiro Duarte, impulsionou a vinda a Portugal de alguns médiuns brasileiros, como Nair Cravo, Jorge Rizzini e Divaldo Franco, que veio ao país pela primeira vez em 1967. Aproximou-se da Federação Espírita do Estado da Guanabara, hoje União das Sociedades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro e do Instituto de Cultura Espírita do Brasil.

Em 1963, sob a égide da Fraternidade Esotérica, criou a revista "Fraternidade", com sede à Avenida Marquês de Tomar, em Lisboa, onde inaugurou a distribuição da sopa pelos necessitados.

Em março de 1976 fundou o Lar Fraterno de Portugal, em Sintra, encerrado pelo governo em 2002.

Grande comunicador que era, promoveu o intercâmbio entre os espíritas portugueses e espanhóis, organizando excursões entre os dois países.

• "Viagem por Terras de África" (1954)
• "Luz do Alto" (2 vols.) (1962, 1963)
• "O Anjo de Portugal" (1980)
• "Culto do Evangelho no Lar"
• "O Que é o destino" (1987)
• "Rumo à Fraternidade" (1990)
• "Curso de Espiritismo em Síntese" (1991)
• "Fragmentos de Vida Eterna" (1991)
• "Espiritismo o Caminho e a Escola da Verdade e do Amor" (1992)

• VASCONCELOS, Manuela. Grandes Vultos do Movimento Espírita Português.

• Nota biográfica in Associação de Beneficência Fraternidade
• Dois fatos dignos de nota in Limiarespírita.com.br