Cristina Boner
Quick Facts
Biography
Maria Cristina Boner Leo (Ribeirão Preto, 8 de dezembro de 1961) é professora brasileira, ex-funcionária pública e empreendedora. Fundou o Grupo TBA em 1992, criou em 2004 a ONG Associação das Mulheres Empreendedoras (AME) e, em 23 de junho de 2009, junto a Maria da Penha, criou o Projeto Maria da Penha
Biografia
A história dela no mercado de Tecnologia da Informação começou em 1989, quando se formou como Bacharel em Processamento de Dados pela Universidade Católica de Brasília. Fez pós-gradução em Banco de Dados e foi professora titular do curso de Tecnologia da Informação na UCB, alternando sua experiência acadêmica com a experiência profissional nas diversas atividades e cargos que ocupou em grandes empresas, como Pão de Açúcar, CNPq e Serpro.
Seu currículo escolar coleciona dezenas de premiações de reconhecimento, como medalhas de honra ao mérito, desde o curso primário até o universitário. Acumulou menções de melhor aluna e melhor líder acadêmica, dentre outras, e como destaque de reconhecimento acadêmico, teve seu projeto final de formação de curso superior avaliado pela bancada oficial com nota máxima em todos os itens. Esse acontecimento foi inédito na historia do Curso Superior de Processamento de Dados da Universidade Católica. [carece de fontes]
Como grande incentivadora de novas técnicas para o aumento da produtividade pessoal, Cristina foi pioneira no estudo das soluções Microsoft já em 1990 e, como professora universitária, conseguiu acesso aos programas da Microsoft Corporation nos EUA para estudo e pesquisa antes mesmo dos softwares estarem disponíveis no mercado brasileiro. Num ambiente de pesquisa, que envolveu professores e alunos, Cristina Boner tornou-se detentora de notoriedade nos softwares produzidos pela Microsoft antes mesmo do lançamento do Sistema Operacional Windows para computadores pessoais. Até a chegada do Windows da Microsoft, o mercado era dominado pelos computadores de grande porte produzidos pela IBM e os custos de tecnologia eram altíssimos, portanto não havia a democratização da informação como existe nos dias de hoje. [carece de fontes]
Foi neste contexto, munida de determinação, conhecimento técnico-acadêmico e poucos recursos financeiros, que em 1992, ela deu o passo inicial para a criação de um dos maiores conglomerados de TI do Brasil. Neste ano, foi criada a TBA Informática, em uma pequena loja de 40 m². No princípio da criação de sua empresa, Cristina foi incansável na busca de soluções mais acessíveis para os clientes e enfrentou uma quebra de paradigma para que o mercado pudesse ter uma alternativa ao monopólio dos grandes computadores da IBM e da Unisys. Trabalhavam com ela apenas três dos seus melhores alunos, juntamente com um vendedor. A aposta foi formatar e levar ao mercado corporativo uma proposta nova, baseada em softwares da Microsoft que, naquela época, era conhecida apenas por oferecer entretenimento e jogos eletrônicos. [carece de fontes]
A oferta corporativa foi baseada num produto novo da Microsoft, o Windows for Workgroups. Esse produto permitia ligar um computador ao outro criando assim uma rede corporativa entre 18 usuários simultaneamente conectados entre si. O resultado foi espetacular e promoveu assim o inicio de uma verdadeira revolução da computação corporativa e pessoal mundial. [carece de fontes]
Neste cenário de oportunidades, a Microsoft viu em Cristina Boner, uma aliada estratégica e evangelizadora para conduzir comercialmente as ofertas de seus softwares no Brasil. E, como Cristina Boner residia e trabalhava em Brasília, as ofertas corporativas da Microsoft passariam a ser apresentadas ao Governo Federal. Assim, a Microsoft Corporation, estabelecida em Seattle/WA-USA, credenciou a TBA Informática como sua primeira representante no Brasil no final 1993, muito antes de ser lançado o Windows 95. O sucesso desta parceria começou a ganhar novas proporções em 1994, ano em que a TBA foi eleita o maior parceiro da Microsoft na América Latina. A partir de uma disputa mundial, envolvendo cerca de 15 mil empresas, a TBA Informática foi eleita vencedora e o prêmio foi pessoalmente entregue por Bill Gates à Cristina Boner. [carece de fontes]
TBA
Em 1995, a TBA expandiu geograficamente sua atuação, abrindo filiais em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O Rio de Janeiro contava com as maiores empresas de Telecomunicações; São Paulo detinha o mercado corporativo e financeiro; em Minas Gerais, estavam os clientes de manufatura e industriais; e Brasília tinha um foco maior em governo.
A busca por automação passou a ser prioridade nos orçamentos de pequenas, médias e grandes empresas. Foi a explosão do Word, do Excel e de outras ferramentas fabricadas pela Microsoft. Foi também o período em que Cristina Boner decidiu ofertar a informatização para o gerenciamento e administração das empresas. Os clientes queriam sistemas de administração de recursos humanos, financeiros e controles de gastos. Em resumo, a TBA transformou-se em uma integradora e desenvolvedora de soluções. Com a parceria em franca expansão, juntamente com a Microsoft, Cristina decidiu investir mais do seu tempo nas soluções para as deficiências de infraestrutura, visto que os softwares da Microsoft precisavam da disponibilidade das redes locais para serem bem aproveitados. O aumento da produtividade de seus clientes era uma grande preocupação para a empresária.
Assim que surgiu a Internet, em 1997, Cristina Boner apostou forte, inaugurando um dos primeiros provedores de acesso à Internet no Brasil, a TBA Internet. Com a ferramenta de acesso a Internet da Microsoft, o Explorer, Cristina Boner pode garantir aos seus clientes e ao mercado mais acesso às informações, a um custo muito baixo, com garantia de mais produtividade e segurança para o mercado corporativo. Após atuar por algum tempo como provedora de acesso com a TBA Internet, foi criado um time altamente qualificado para a gerenciar redes e oferecer segurança da informação.
A partir de 2002, Cristina Boner profissionalizou a TBA Informática e delegou a condução da parceria com a Microsoft para um quadro de executivos de primeira linha nessa plataforma tecnológica. Ao mesmo tempo, deu outro grande passo em sua história de empreendedorismo. Promoveu uma reestruturação societária, com a criação de uma Holding e a segmentação das ofertas para o mercado: segurança; gerenciamento de redes; softwares de várias marcas líderes mundiais, como Oracle, Symantec, Cytrix e IBM; e serviços de infraestrutura para empresas. Naquele ano, o Grupo TBA ultrapassou a casa de R$ 200 milhões de faturamento anual, e contava com mais de 800 colaboradores. Entre os clientes, destacam-se grandes corporações como Embratel, TIM, Correios, Telemar, Câmara dos Deputados, Brasil Telecom, Eletronorte, Sebrae, Vivo, Tribunal de Contas da União, Banco Central, Caixa Econômica Federal, BMW, entre outros.[carece de fontes]
TCS BRASIL
Em 2003, Cristina Boner, após meses de viagens à Índia e visitas a várias empresas locais do setor de desenvolvimento de software, funda a empresa brasileira TATA Consultancy Services do Brasil. Em uma ação inédita, Brasil e Índia se uniram na criação da TCS Brasil, uma joint venture entre o Grupo TBA e a TATA Consultancy Services mundial, um dos maiores conglomerados da Ásia, avaliado em mais de US$ 20 bilhões. Pela primeira vez, os dois países estabeleceram uma parceria no âmbito privado, unindo o conhecimento de mercado e know-how dos técnicos brasileiros com toda a tecnologia dos indianos. Em menos de um ano de existência, a TCS Brasil conquistou clientes de porte, como Petrobrás, Telecom Américas, Renault e Gol. A TCS Brasil foi também a primeira empresa sediada no Brasil a alcançar a certificação CMMi nível 5, a mais alta em desenvolvimento de software e outsourcing do mundo.
Sempre em busca do pioneirismo e da inovação, o Grupo TBA surpreendeu novamente com o lançamento da B2Br - Business to Business Brasil, primeira integradora total de serviços de TI 100% nacional. A criação da B2Br buscou atender a uma nova demanda: as empresas não mais queriam produtos e sim soluções completas. A partir do acúmulo de experiência obtida na participação em alguns dos maiores projetos brasileiros de TI com um corpo técnico sênior, que acumula mais de 20 anos de atuação no mercado, essa empresa integradora estava pronta a oferecer soluções dinâmicas e eficazes aos mais complexos projetos.
Em 2007, a TCS mundial adquiriu as ações do Grupo TBA na TCS Brasil. As duas empresas estabeleceram um novo contrato de parceria e cooperação, em que a B2Br se estabelece como um forte canal de distribuição das inovações da TCS no Brasil.[carece de fontes]
Globalweb
Cristina Boner, já afastada da direção e não mais acionista do Grupo TBA, tornou-se consultora empresarial em 2008. Em 2009, propôs ao Conselho de Administração que uma nova empresa fosse criada: a Globalweb Outsourcing. Focada em ofertar soluções de SaaS, outsourcing de infraestrutura baseada em Data Centers para grandes corporações e soluções de computação em nuvem para pequenas e médias. A Globalweb buscou o know-how acumulado em grandes cases de sucesso do grupo para focar suas atividades no setor privado. Além dos escritórios nacionais, localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, a Globalweb também investiu no desenvolvimento de negócios no mercado internacional. A empresa criou um escritório em Miami, Flórida – EUA, do qual administra a sua parceria com uma das maiores empresas de Data Center do mundo, a CoreSite, responsável por gigantes como o Facebook. Juntas as duas empresas oferecem soluções em cloud computing e de infraestrutura d eTI para empresas dos mais variados portes, porém até o momento não obtiveram lucros conforme o esperado. De lá também, a Globalweb prospecta e atende clientes baseados nos Estados Unidos e também em toda a América Latina. O foco é levar para o mercado internacional soluções e projetos inovadores desenvolvidos no Brasil, assim como auxiliar com uma infraestrutura tecnológica de ponta as empresas brasileiras que possuem sede e atendem o mercado americano.
O sucesso da iniciativa Globalweb e a busca pela criação de uma empresa completa, oportunamente promoveu um novo movimento que despertou a atenção do mercado. O que resultou na fusão da nova Globalweb Outsourcing com a Benner Sistemas, uma das líderes nacionais no desenvolvimento de aplicativos de gestão empresarial. Da união nasceu a Globalweb Data Services Corp, gerando empregos para 1.800 funcionários, dos quais cerca de 750 estão sob contrato pessoa jurídica, sem vínculo empregatício com a Globalweb.[carece de fontes]
AME
Desde o princípio da TBA, todos os colaboradores foram estimulados a ingressar em causas sociais juntamente com a fundadora da empresa. Exemplos de atividades como as sextas-feiras livres para que cada colaborador se dedicasse a uma iniciativa, se tornaram comuns na corporação. Campanhas de arrecadação de mantimentos e roupas coordenadas por Cristina Boner atenderam a mais de 20 instituições em Brasília e São Paulo que prestam auxílio a centenas de crianças e idosos. Uma ação também idealizada por Cristina promoveu a reforma completa da ala pediátrica para tratamento de câncer do Hospital de Base de Brasília. Periodicamente, os funcionários e a própria empresária visitam o local para manutenção e interação com os pacientes. Tantos projetos culminaram com a criação da OCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) AME – Associação das Mulheres Empreendedoras.
Criada em 2004, a AME oferece cursos e oficinas gratuitas para que as mulheres possam se capacitar tecnicamente para ingressar no mercado de trabalho. Com mais de mil mulheres formadas em cursos como secretária do lar, telemarketing, montagem de hardware, entre outras, a OCIP auxilia ainda na empregabilidade, indicando as alunas para grandes empresas privadas. Outro foco da AME é o suporte integral a mulheres vítimas de violência doméstica e urbana, por meio de atendimento jurídico e psicológico, todos gratuitos. Centenas de mulheres buscaram a AME por meio dos canais de atendimento e de forma presencial, para sair da condição de vítimas de violência e se beneficiarem da Lei Maria da Penha. A AME atua diretamente com o Instituto Maria da Penha em diversas ações e eventos, sendo responsável, inclusive, pela doação do domínio www.mariadapenha.org.br para a instituição.[carece de fontes]
Mensalão do DEM
Em fins de 2009, veio à lume informações de um esquema de corrupção conhecido popularmente como Mensalão do DEM, por envolver diversos políticos do partido Democratas no Distrito Federal. Os dados foram obtidos pela Operação Caixa de Pandora, deflagrada pela Polícia Federal, em conjunto com depoimentos de Durval Barbosa, cuja cooperação visava a delação premiada. Segundo inquérito da Polícia Federal, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda pagava propina a deputados da Câmara Distrital em troca de apoio, em esquema similar ao que ficou conhecido como Mensalão.
Em 2011, foi divulgado à imprensa vídeo gravado secretamente por Barbosa em que este negocia com Cristina Boner o pagamento de propina a deputados distritais. As imagens revelam que a TBA, empresa de Boner, receberia contrato de informática de R$9,8 milhões como compensação pela doação de R$1 milhão ao caixa de propinas. A TBA é suspeita de ter patrocinado o esquema do Mensalão do GDF em troca de contratos com o governo. Até então, esse vídeo era mantido em sigilo pelo Ministério Público Federal. Advogados de Boner alegam que as imagens foram manipuladas e conseguiram bloquear a exibição do vídeo.
Em 2012, Cristina Boner foi acusada pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Ver também
- Lei Maria da Penha
Referências
Ligações externas
- AME - Projeto Maria da Penha
- Grupo TBA
- Cristina Boner na Global Web
- Cristina Boner falando do crescimento da Globalweb
- Notícias Cristina Boner
- Vídeo da Cristina Boner sobre Cloud Computing
- Grupo TBA pela Cristina Boner
- Cristina Boner investe na plantação de Teca
- Site Oficial da Cristina Boner
- Notificação Judicial informando da manipulação do vídeo do Mensalão no que se refere à Cristina Boner