Clóvis Salgado da Gama
Quick Facts
Biography
Clóvis Salgado da Gama (Leopoldina, 20 de janeiro de 1906 — Belo Horizonte, 25 de julho de 1978) foi um médico, professor e um habil político brasileiro. Foi governador de Minas Gerais e ministro da Educação e Cultura.
Biografia
Nasceu em Leopoldina, Minas Gerais, onde iniciou seus estudos no Grupo Escolar Ribeiro Junqueira. Formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1929. Começou suas atividades políticas ao regressar a Leopoldina e fundar o jornal Nova Fase. Ingressou na Aliança Liberal em 1930, apoiando a candidatura de Getúlio Vargas à presidência da República. Após a Revolução de 1930, manteve-se na ala do Partido Republicano Mineiro ligada ao ex-presidente Artur Bernardes e contrária ao presidente Vargas.
Após a instauração do Estado Novo em 1937, Clóvis Salgado dedicou-se ao magistério, lecionando na Faculdade Nacional de Medicina e na Universidade de Minas Gerais. Em 1942 ajudou a organizar a Cruz Vermelha em Minas Gerais. Em 1944 foi diretor do Hospital das Clínicas da Universidade de Minas Gerais, do qual se afastou em 1954 ao integrar o Conselho Federal de Educação.
Em 1950, Clóvis Salgado foi eleito vice-governador de Minas Gerais pelo Partido Republicano (PR), em chapa formada com Juscelino Kubitschek, eleito governador pelo PSD. Assumiu o governo mineiro em 31 de março de 1955, quando Juscelino renunciou ao mandato para disputar a presidência da República. Com a vitória de Juscelino, Clóvis Salgado tornou-se seu ministro da Educação e Cultura, cargo que ocupou em três ocasiões.
Como governador, criou o Conservatório Estadual de Música, o Departamento de Saúde Pública e o Departamento Social do Menor e iniciou a construção do Hospital do Câncer e da Escola de Saúde Pública. Como ministro da Educação, criou o Teatro Nacional de Comédia e o Museu Villa-Lobos e participou da elaboração da Universidade de Brasília.
Clóvis Salgado foi novamente vice-governador de Minas Gerais de 1961 e 1966, período em que José de Magalhães Pinto era o governador. Apoiou o Golpe Militar de 1964, filiando-se posteriormente à Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Entre 1967 e 1971, foi secretário da Saúde no mandato do governador Israel Pinheiro.
Foi um dos idealizadores do Palácio das Artes de Belo Horizonte, inaugurado em 1971. Criou o Teatro Marília e presidiu a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Em 1973 tornou-se diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, permanecendo no cargo até 1976. Morreu em 1978 em Belo Horizonte.
É patrono da cadeira 5 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes.
Condecorações
- Grã-Cruz da Ordem de Isabel a Católica
Ligações externas
- Biografia no sítio da Fundação Getúlio Vargas
- Biografia no sítio da Academia Leopoldinense de Letras e Artes
- Biografia no sítio da Fundação Clóvis Salgado
Precedido por Juscelino Kubitschek | Governador de Minas Gerais 1955 — 1956 | Sucedido por José Francisco Bias Fortes |
Precedido por Abgar Renault | Ministro da Educação e Cultura do Brasil 1956 | Sucedido por Celso Brant |
Precedido por Nereu Ramos | Ministro da Educação e Cultura do Brasil 1956 — 1959 | Sucedido por Pedro Calmon |
Precedido por Pedro Paulo Penido | Ministro da Educação e Cultura do Brasil 1960 — 1961 | Sucedido por Brígido Fernandes Tinoco |