Carlos Cardoso
Quick Facts
Biography
Carlos Cardoso (Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 1973) é umengenheiro e poeta brasileiro. Considerado destaque de sua geração, Carlos Cardoso estreou na literatura em 2004 com o livro Sol Descalço
Carreira
Carlos Cardoso lançou seu primeiro livro em 2004, intitulado Sol Descalço. No ano seguinte, publicou Dedos Finos e Mãos Transparentes.
Após um hiato de mais de 10 anos entre suas publicações, Cardoso lançou em 2017 "Na Pureza do Sacrilégio". O livro tem a apresentação do crítico Silviano Santiago e do membro da Academia Brasileira de Letras, Antonio Cicero.[16
Melancolia, seu quarto livro, foi lançado em 2019, tem a orelha assinada por Heloísa Buarque de Hollanda e posfácio do membro da Academia Brasileira de Letras, Antônio Carlos Secchin.
Carlos Cardoso possui uma ligação com as artes plásticas que pode ser observada desde a sua primeira obra, Sol Descalço, mas torna-se ainda mais evidente a partir de sua terceira obra, cuja capa foi inspirada nos poemas do livro e assinada pela artista plástica Lena Bergstein. No livro Melancolia o constante diálogo do poeta com as artes plásticas é estampado em sua capa, feita pelo pintor e escultor Carlos Vergara.
O livro Na Pureza do Sacrilégio foi traduzido para a língua búlgara pelo poeta Rumen Stoyanov e publicado pela editora Vessela Lutskanova.
Sua obra já repercutiu em veículos expressivos como O Globo, O Estado de S. Paulo, Valor Econômico, Jornal do Comércio, Jornal do Brasil, R7, Folha de São Paulo, O Povo (jornal de Fortaleza), Revista Bravo, Canal Curta ,entre outros.
Alguns de seus poemas foram traduzidos e publicados em revistas de países da América Latina e da Europa. e outros foram traduzidos para o inglês e o espanhol.
Obras
- Sol Descalço (7Letras, 2004)
- Dedos Finos e Mãos Transparentes (7Letras, 2005)
- Na Pureza do Sacrilégio (Ateliê Editorial, 2017)
- Na Pureza do Sacrilégio (Audiobook Na Pureza do Sacrilégio, Editora: Luz da Cidade 2017)
- Melancolia (Editora Record , 2019)
Repercussão crítica
Carlos Cardoso tem sua produção marcada por uma linguagem própria e independente sendo por isso, considerado representante de uma nova poética no país.
O livro Dedos Finos e Mãos Transparentes foi elogiado por Carlito Azevedo, crítico brasileiro: "Quando nós, leitores, pensávamos ter capturado e enquadrado a originalidade poética de Carlos Cardoso, surge um novo livro do autor, Dedos finos e mãos transparentes, no qual a fúria motriz das imagens alucinadas se atenua e dá lugar a um mundo de sutilezas e sensações as mais cotidianas que, sem jamais perder a visceralidade e o gosto pela surpresa, nos tocam por sua simplicidade".
Seu último livro, Na Pureza do Sacrilégio, foi descrito por Marina Della Valle como "uma voz trabalhada na brevidade do verso e na combinação certeira de palavras, na qual nada jamais parece sobrar, ultrapassar a medida do indispensável, mas que nunca resulta em algo estéril", O crítico literário Silviano Santiago, que assinou o prefácio, disse que uma das suas principais qualidades é o desnudamento, e que sua obra tem afinidades com a produção de João Cabral de Melo Neto, Fernando Pessoa e Octavio Paz, acrescentando: "O poema perambula, mas tudo permanece intacto — eis a lição de poesia". Para Manuel da Costa Pinto, o autor tem "uma linguagem própria e independente", e segundo o crítico Antonio Cicero, sua poesia "é muito original, muito estimulante, porque na verdade tem muitas aproximações inesperadas. Ele traz junto a razão, o intelecto, a memória, a imaginação, a emoção. [...] A gente se desloca do mundo convencional em que a gente vive normalmente e entra em outro mundo, que é esse que ele abre com suas palavras. Então, eu gosto muito". Para o jornalista Paulo Werneck, especializado em literatura, Cardoso "tem uma poesia singular, uma poesia que se destaca daquela que está sendo produzida no Brasil hoje, [...] é o surgimento de uma nova paisagem poética no país. Não é todo dia que se vê surgir um poeta com essa força e que tem esse respaldo crítico". Na opinião do professor livre-docente da Unesp Aguinaldo José Gonçalves, sua escrita alcança a excelência poética, além de integrar tradição e modernidade. O livro foi um dos indicados para o Prêmio Bravo! de Cultura na categoria de Melhor Livro.
Em Melancolia, Heloísa Buarque de Hollanda, que assinou a orelha da publicação, descreve a poesia de Carlos Cardoso como vital.
Em dezembro de 2019, Melancolia foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte como Melhor Livro de Poesia do ano.