Augusto Heleno Ribeiro Pereira
Quick Facts
Biography
Augusto Heleno Ribeiro Pereira (Curitiba, 29 de outubro de 1947) é um general-de-exército do Exército Brasileiro da reserva. Foi comandante militar da Amazônia e Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia. Tem posições claramente críticas com relação às políticas oficiais, particularmente com relação à atitude da comunidade internacional com relação ao Haiti e à política indigenista do governo brasileiro.
Carreira Militar
Graduou-se aspirante-a-oficial de cavalaria em 1969, na Academia Militar das Agulhas Negras, sendo o primeiro colocado de sua turma de cavalaria. Foi também o primeiro colocado de sua turma de cavalaria na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) e na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), recebendo por isso a medalha Marechal Hermes de prata dourada com três coroas. No posto de major, integrou a missão militar brasileira de instrução no Paraguai. Como coronel, comandou a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas, e foi adido militar da Embaixada do Brasil em Paris, acreditado também em Bruxelas. Como oficial-general, foi comandante da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada e do Centro de Capacitação Física do Exército, chefe do Centro de Comunicação Social do Exército e do Gabinete do Comandante do Exército.
De junho de 2004 a setembro de 2005, foi o primeiro comandante militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), constituída de um efetivo de 6250 capacetes azuis de 13 países, dos quais sete latino-americanos. Da mesma forma que o embaixador chileno Juan Gabriel Valdés, representante especial do secretário-geral da ONU e chefe da missão, e dos governos de países latinos, o General Heleno expressou sua discordância quanto à estratégia adotada pela comunidade internacional em relação ao Haiti. Sucedeu-o, no comando da MINUSTAH, o general Urano Teixeira da Mata Bacelar, que acabaria por suicidar-se em Porto Príncipe, quatro meses depois, em janeiro de 2006. Em 2006, deu uma palestra na polêmica Escola das Américas.
Como comandante militar da Amazônia, o general Heleno contestou a política indigenista do governo Lula, que qualificou de "lamentável para não dizer caótica", durante palestra no Clube Militar, no Rio de Janeiro, à época da demarcação da terra indígena de Raposa/Serra do Sol. Afirmou que os índios "gravitam no entorno dos nossos pelotões porque estão completamente abandonados".
Em 9 de maio de 2011, numa cerimônia no Quartel General do Exército em Brasília, passou para a reserva e defendeu o movimento militar de 1964., após 45 anos de vida militar.
Atuou como consultor de segurança e assuntos militares do Grupo Bandeirantes de Comunicação, onde também colaborava com comentários na programação das emissoras.
Atualmente exerce o cargo de diretor de comunicação e educação corporativa do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
Referências
Ligações externas
- Agência Brasil, 11 de Março de 2008. Crise entre Equador e Colômbia não fez Brasil reforçar controle nas fronteiras, diz general. Entrevista com o general Heleno, por Sabrina Craide
Precedido por Francisco Ronald da Silva Nogueira | Comandante da EsPCEx 1994 — 1996 | Sucedido por Mário de Oliveira Seixas |