Antônio Paraupaba
Quick Facts
Biography
Antônio Paraupaba nasceu no primeiro quartel do século XVII no Ceará/Rio Grande do Norte e faleceu em 1656/1657 nos Países Baixos.
De origem Potiguara, era filho de Gaspar Parupaba. Em 1625, foi juntamente com outros índios Potiguara para os Países Baixos, onde aprendeu a língua neerlandesa.
Em 1631, voltou ao Brasil, onde atuou como interprete entre os holandeses e os índigenas. Chegou a ser capitão da aldeia de Aabaú em 1639.
Com a saída definitiva de João Maurício de Nassau do Brasil em 1644, Paraupaba voltou a Holanda fazendo parte da comitiva deste. Em novembro do mesno ano, Paraupaba saiu de volta para o Brasil.
De volta à Holanda Brasileira, entre 1645 e 1649, Paraupaba assumiu o cargo de Capitão e Regedor do Rio Grande. Ativo na política, lutou pela abolição da escravatura índigena e africana nos territórios do Brasil Holandês. Foi um dos articuladores da revolta índigena em Cunhaú e Uruaçu. Como militar ainda lutou nas Batalhas dos Guararapes. Em 1648 fez parte da missão do Ceará e Ibiapaba.
Na sua atuação política no Brasil, é conhecido o contato que Paraupaba teve contato com diversos líderes Potiguaras, dentres eles: Pedro Poti, Carapeba e Filipe Camarão.
Paraupaba no Parlamento Holandês
Com o Tratado de Taborda os holandeses deixaram o Brasil e com estes seguiram Antônio Paraupaba, sua esposa Paulina e dois filhos,no começo de fevereiro de 1654 para o Holanda.
Já na terras holandesas, Paraupaba atuou no Parlamento Holandês, com o intuíto de que os holandeses retornassem ao Brasil. Um plano político que tinha uma coneção com a nação Potiguara que estava refugiada na Chapada da Ibiapaba, Ceará e esperava a retorna holandesa contra os portugueses.
Em 1656/1657, faleceu Antônio Paraupaba nas terras holandesas sem conseguir apoio para o seu último projeto político: restabelecer a aliança Holandesa/Potiguara e assim salvar a nação Potiguara, dos planos portugueses.
Bibliografia
- Souto Maior, Pedro. Faustos Pernambucanos. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro, Vol. LXXXV, Tomo 1, 1913, pp 142–176