José Carlos Oliveira

Brazilian writer
The basics

Quick Facts

IntroBrazilian writer
PlacesBrazil
wasWriter
Work fieldLiterature
Gender
Male
Birth18 August 1934, Vitória, Brazil
Death13 April 1986 (aged 51 years)
Star signLeo
The details

Biography

José Carlos Oliveira (Vitória, 18 de agosto de 1934 — Vitória, 13 de abril de 1986) foi um escritor brasileiro. Celebrizando-se por suas colaborações diárias no Jornal do Brasil para onde escreveu por mais de duas décadas, tornou-se um dos grandes cronistas brasileiros do século XX, mas praticou também o romance e o memorialismo.

Boêmio pobre e talentoso, preferia chamar a si mesmo de Carlinhos Oliveira, "cristão, católico apostólico romano, pagão, filho de Iemanjá", "o mais ecumênico dos ateus", "brasileiro por fatalidade, temperamento e vocação", "apenas dois dedos maior que Napoleão Bonaparte", "com o coração de Gauguin, o fugitivo, o liberado, o inocente, o doido", expressões com que se autodefiniu em crônica bem humorada. Foi um defensor do livre pensamento, sem temer polêmicas nem o revanchismo dos poderosos de qualquer facção, como mostra a sua obra póstuma, organizada em 1995 por Bernardo de Mendonça, Diário da Patetocracia, que reúne as crônicas escritas e publicadas ao longo do ano de 1968 no Jornal do Brasil, um período marcante na exacerbação da ditadura instaurada em 1964 sob o comando dos generais. Seu romance Terror e Êxtase foi adaptado para o cinema em 1979, em um obra de sucesso dirigida por Antônio Calmon.

Patetocracia

É um termo criado pelo escritor José Carlos Oliveira, em sua coluna no Jornal do Brasil de 13 de fevereiro de 1968, para satirizar a ditadura militar vigente no Brasil com o golpe de Estado de 1964 que depôs o presidente João Goulart. A crônica, que denuncia as freqüentes violações da liberdade de expressão, intitula-se "Contra a censura, pela cultura" e a palavra é utilizada no seguinte trecho:

Reunidas e batizadas por Bernardo de Mendonça em 1995 no livro Diário da Patetocracia, as crônicas escritas ao longo do ano de 1968 por Carlinhos Oliveira, como também era conhecido o cronista, constituem um corajoso e fidedigno testemunho da evolução dos acontecimentos políticos e sociais que levaram o chefe do Executivo, general Costa e Silva, em 13 de dezembro, a assinar o Ato Institucional nº 5, peça formalizadora de uma ditadura já sem disfarces.

Obras

  • Os olhos dourados do ódio. Rio de Janeiro, José Álvaro Editor, 1962.
  • A revolução das bonecas. Rio de Janeiro, Editora Sabiá, 1967.
  • O pavão desiludido. Rio de Janeiro, Edições Bloch, 1972.
  • Terror e êxtase. Rio de Janeiro, Codecri, 1978.
  • O saltimbanco azul. Porto Alegre, L&PM Editores, 1979.
  • Um novo animal na floresta. Rio de Janeiro, Codecri, 1981.
  • Domingo, 22. São Paulo, Editora Atica, 1984.
  • Bravos companheiros e fantasmas. Vitória, Fundação Ceciliano Abel de Almeida/Universidade Federal do Espírito Santo, 1986

Obra póstuma

  • Diário da patetocracia. Rio de Janeiro, Graphia, 1995.

Fonte

  • OLIVEIRA, José Carlos. Diário da patetocracia. Rio de Janeiro, Graphia, 1995.
  • MENDONÇA, Bernardo de, "Carlinhos, a rainha e o ato". In:OLIVEIRA, José Carlos, Diário da Patetocracia - Crônicas Brasileiras, 1968. Rio de Janeiro, Graphia, 1995, pp.xiii-xvi e 35.

Ligações externas

The contents of this page are sourced from Wikipedia article on 16 Jun 2020. The contents are available under the CC BY-SA 4.0 license.