Eduardo Rodrigues da Costa

The basics

Quick Facts

PlacesPortugal
Gender
Male
Birth1860, Lisbon, Portugal
Death1912 (aged 52 years)
The details

Biography

Eduardo Rodrigues da Costa (Lisboa, Santa Catarina, 2 de Junho de 1860 - Lisboa, São Julião, 7 de Julho de 1912) foi um industrial e proprietário republicano da sociedade aristocrata lisboeta de finais do século XIX e início do século XX.

Biografia

Título de uma obrigação, da Companhia Nacional de Conservas, figurando como proprietário Eduardo Rodrigues da Costa (1888).

Eduardo Rodrigues da Costa era filho de José Inácio da Costa (1836-1896), filantropo, benfeitor, industrial e proprietário republicano da sociedade lisboeta e sintrense do século XIX, natural de Colares, vila onde nasceu e faleceu e que muito estimava, tendo sido um dos seus maiores beneméritos, possuidor de uma grande fortuna, vários imóveis e indústrias, e de sua mulher, Ana Paula da Conceição Costa (1837-1908). Cresceu entre Lisboa e Colares, na Villa Costa, juntamente com seu irmão mais novo, José Inácio Paulo da Costa (1862-1912).

Eduardo foi um grande benemérito da Vila de Colares (Sintra), sócio da Real Associação de Bombeiros Voluntários da Ajuda e membro deste corpo (da qual era Comandante o Infante D. Afonso de Bragança, Duque do Porto, seu amigo pessoal, conhecido por seus amigos como O Arreda, devido à paixão pelos veículos motorizados e pela velocidade), a quem ficou incumbida a chefia da nova esquadra de Colares, sendo nomeado Comandante da Associação dos Bombeiros Voluntários de Colares, iniciando-se assim uma caminhada de distintos serviços à comunidade desta vila, terra natal de seu pai, pelos quais foi condecorado. A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Colares remonta ao dia 9 de Março de 1890, sendo, por essa razão, a mais antiga corporação de bombeiros do concelho de Sintra.

Em 1896, herdou metade do espólio e da fortuna de seu pai, aquando do seu falecimento, juntamente com seu irmão, que herdou a outra metade. A gerência do património não foi bem sucedida por parte de ambos e a família acabou por contrair inúmeras dívidas, hipotecas e penhoras e acabou por perder maior parte dos imóveis e indústrias. Eduardo tinha, segundo conta a família, uma personalidade de bon-vivant, espirituoso e boémio, não tendo propensão para gerir o legado de seu pai, assim como o irmão, deixando poucos vestígios aos descendentes do grande espólio que herdara.

A 24 de Fevereiro de 1912, o seu irmão suicida-se. Eduardo pouco mais durou que o seu irmão, tendo falecido a 7 de Julho do mesmo ano na actual Rua da Prata, número 40, de um ataque cardíaco, com apenas 52 anos. Foi sepultado no jazigo da família, no Cemitério dos Prazeres.

Família e Descendência

Casou a 4 de Maio de 1881, aos 20 anos, na Igreja Paroquial de Santos-o-Velho, em Lisboa, com Matilde Emília de Sales (Sacramento (Lisboa), 7 de Agosto de 1861 - São Sebastião da Pedreira (Lisboa), 2 de Fevereiro de 1927), filha do major Ricardo António de Sales (1820-1892) e de Maria Constância da Silva Sales (1819-1897), de Lisboa.

Deste matrimónio nasceram:

  • Ema Georgina Sales Costa Damas Mora (Santos-o-Velho (Lisboa), 15 de Janeiro de 1882 - São Sebastião da Pedreira (Lisboa), 25 de Dezembro de 1952) casou com António Damas Mora (1879-1949), médico e administrador colonial, com geração;
  • Raul Leão Sales Costa (Santos-o-Velho (Lisboa), 12 de Fevereiro de 1883 - ?) casou com Maria Vitória Vilaça de Sousa, neta de Teodolinda Amélia Leça da Veiga, escritora, sem geração;
  • Américo Sales Costa (Colares (Sintra), 16 de Agosto de 1887 - Uíge, Angola, 1962) casou com Maria Carolina Barreto Borges (1890-1948), com geração (divórcio); casou segunda vez em Angola com Cândida Cunha (1907-1998), com geração;
  • Rodolfo Sales Costa (Santos-o-Velho (Lisboa), 13 de Novembro de 1890 - Pena (Lisboa), 30 de Março de 1892).
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